quinta-feira, 22 de outubro de 2009

NOVO RITUAL GOB 2009

Não vou detalhar comentários a respeito do novo ritual do GOB para o rito Moderno, pois o assunto aqui, se torna público e aberto aos não iniciados, a quem não interessaria de forma alguma, pois trata-se de tema a ser debatido somente a quem o pratica.
Mas deixamos registrado nosso protesto e o lamento pela medida tomada sem consulta, no que entendemos, foi mais uma tentativa de desmoralizar e acabar com os fundamentos desse rito, tão importante para a Instituição Maçônica. O seu fundamento principal é a Liberdade Absoluta de Consciência, o repsieto por todas as crenças, com o que, a maioria dos maçons brasileiros não sabem conviver. São dogmáticos e conservadores, querem transformar a Ordem numa "religião paralela" ao exigir que todos pensem igual e usem a Bíblia como Livro da Lei, o que nos torna exatamente iguais, ou seja, não admitem, como pede a boa Maçonaria, que existam pensamentos diferentes, mesmo que respeitando todas as correntes de pensamento.
Infelizmente só podemos lamentar, visto que não há mobilização ou reação nenhuma ainda por parte de nenhuma autoridade ou liderança do rito. Apenas assistem a essa demonstração de desrespeito às nossas tradições, de braços cruzados. Espero que venha ainda alguma reação do Seminário Nacional que ocorre em Santos nesses dias 24 e 25 de outubro de 2009.
A reação é no sentido de demonstrarmos o erro cometido às autoridades que assim agiram e que possam corrigi-las a tempo, mantendo nosso rito o mais fiel possível ao seu original, o que parece algo difícil ao brasileiro que se destaca em alterar tudo o que pode, mexer nas tradições e usos e costumes, justamente por não termos uma cultura própria a preservar e sim uma miscelânica, onde cada um escolhe o que quer de culturas diferentes. Alguns acham bonito, outros nem tanto. Não há fidelidade e sim promiscuidade com os valores culturais. Misturamos costumes e tradições e ficamos sem nada.
O mesmo está ocorrendo na Maçonaria brasileira, queremos misturar tradições da maçoanria francesa, que se instalou aqui com a maçonaria anglo-americana que fomos buscar para sermos agraciados com um "reconhecimento", inútil para nós na prática.
O que importa somos nós brasileiros em primeiro lugar, depois os de fora, embora tenhamos que reconhecer o caráter universal da Ordem. mas quem está por perto quando necessitamos? Os irmãos brasileiros ou ingleses e americanos ou mesmo franceses?
Agora, temos que preservar os valores da maçoanria francesa e latina (via Portugal), que veio para o Brasil em seu inicio em nossas terras, sua tradição conquistadora, questionadora e progressista e não conservadora e religiosa da maçoanria anglo-americana. Não é da nossa cultura sermos como eles e estão forçando a natureza e nada conseguindo com isso.
Se somos Livres Pensadores, temos que ter essa liberdade de trabalho, de praticar nossos ritos, sem opressão, sem interferência. Potências são órgãos adminsitrativos e não a Sé romana. Maçons Livres em Loja Livres, essa é a receita do sucesso da Maçoanria, desde que se respeite os fundamnetos e tradições.
Precisamos manter o principio de liberdade para trabalharmos com sucesso, ou trasnformaremos nossa maçoanria numa sociedade de pequenos auxilios, esmolas, mesmo porque somos pobres ao contrário de ingleses e americanos.
O que importa mesmo, que é a produção de Homens Retos, ou seja, construtores sociais, nosso objetivo central, é que fica prejudicado pela intolerancia, pelo dogmatismo explícito, quase um fanatismo, imposto empiricamente desde potencias estrangeiras que não nos diz respeito, vícios contra o qual a Maçoanria deve lutar incessantemente, pela falta de conehcimento muits vezes e o desrespeito de alguns poucos.
Confiamos no futuro, na geração que esta chegando nos dias de hoje à Maçonaria, esperando que salvem com sua inteligencia dessa paralisia que sofremos atualmente.

Marco Piva
outubro 2009