quarta-feira, 13 de abril de 2011

PRÓXIMA REUNIÃO EM 7 DE MAIO NOVO ENDEREÇO RUA PREFIETO JOSÉ BAUER, 1.300, Tres Rios do Sul, JARAGUÁ DO sUL, SC. PRIMEIROS SÁBADOS DO MÊS, ÀS 14 HORAS Obs- quando houver feriados com emenda na semana, segundos sábados

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

Quando ocorrem essas aberrações como de alguns dias atrás no Rio de Janeiro, da qual nem queremos lembrar do fato, normalmente, ficamos agitados, reclamamos e achamos os culpados de tudo, do crime, da inflação, da segurança pública e tudo mais.
Todavia, é preciso lembrar, aquele massacre foi um fato isolado, no sentido de ter sido cometido por um psicopata ou outro tipo de maluco, mais ou menos aprecido com o assassino das irmãs de Cunha, interior de São Paulo.
Não se trata de achar culpados, erramos nisso, temos que evitar que isso aconteça e não há outro caminho senão a Educação, e só não sabe disso, quem não a tem., ou quem não qeur que a tenhamos, porque povo educado, não é idiota, como temos sido.
Aceitamos tudo como se fosse normal, violência, corrupção, alta nos preços (veja combustíveis, energia, impostos em geral) e, como sempre, calados, pelo menos calados para quem deveríamos reclamar. Só reclamamos com a esposa, com os filhos, com quem podemos jogar as frustrações em cima.
Temos muitos problemas que nos afligem diuturnamente e continuamos aceitando o fato de não serem amenizados, ao menos, que é obrigação do Estado representado por nossos representantes, sejam eleitos, sejam funcionários públicos contratados para isso. Nós mesmos os deixamos serem omissos, irresponsáveis e inconsequentes, salvo algumas exceções, muito raras.
O pior é que temos leis feitas para um país fictício (Pindorama talvez, aquele país fictício imaginado por Éio Gaspari, colunista famoso de um jornal de grande circulação nacional), um país que não existe. Não atendem as realidades que vivemos, particularmente na área de segurança, na área social, educação, saúde, tudo aquilo que é básico, fundamental para a construção da sociedade. Sem isso, bem feito, não há necessidade de existir um Estado, sendo melhor, cada um cuidar de seu espaço e lutar por ele como puder.
Ou o Estado, que somos nós mesmos, representados, atua com competência, ou não precisamos que ele exista. Não falo em ausência de democracia, porque ela é inerente e necessária a um Estado eficiente, mas da organização estatal mesmo, com fronteiras, com uma Constituição e um regime político. De que adianta existir e não cumprir o seu papel, é um engana bobo sem fim? Exagero? Pode ser, mas pergunte aos pais daquelas crianças do Rio se eles acreditam no Estado brasileiro? Perguntem a milhares de pessoas vítimas de latrocínio e estupro, roubo de seu patrimônio, vítimas de suborno, pergunte a eles, e são muitos, se acreditam no Estado brasileiro.
Tem solução? Claro que tem, e ela está em nós mesmos. Passa pela organização da sociedade, mas com a participação de todos nós desde os partidos políticos, hoje entregues aos “bandidos’ que nos votamos, mesmo porque nos sobram poucas opções e isso só muda com nossa participação dentro dos partidos, tomando o lugar desses oportunistas mal intencionados, ressalvados as poucas exceções, repito para não se dizer que ofendemos ou atacamos genericamente.
Não nos enganemos, ninguém trabalha gratuitamente para os outros, o ultimo voluntário desse mundo chamava-se Jesus Cristo e viram no que deu. Alguns ainda o imitam, eu sei, poucos bons samaritanos, mas nenhum na política. Quem entra no mundo da política até hoje, , não é para servir apenas, mas para se servir também, nem que for de vaidade. As exceções, raras geralmente, não levam nada, e por nossa culpa, porque não estamos lá dentro dos diretórios para permitir que elas trabalhem.
Façamos nossa parte, vamos participar, porque o Estado somos nós mesmos. Nós somos a administração pública, nós somos as leis, nós somos o que quisermos ser. Façamos a revolução que falta, a revolução inteligente, sem armas, a revolução que não fará tortura, mas que fará com que muito menos vítimas, como aquelas crianças, deixem de fazer parte de estatísticas apenas.
Vamos fazer do Brasil um país sério e não uma Pindorama, onde tudo é fantasia, até mesmo a vida.

Marco Antonio Piva de Lima