quarta-feira, 13 de abril de 2011

PRÓXIMA REUNIÃO EM 7 DE MAIO NOVO ENDEREÇO RUA PREFIETO JOSÉ BAUER, 1.300, Tres Rios do Sul, JARAGUÁ DO sUL, SC. PRIMEIROS SÁBADOS DO MÊS, ÀS 14 HORAS Obs- quando houver feriados com emenda na semana, segundos sábados

PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

Quando ocorrem essas aberrações como de alguns dias atrás no Rio de Janeiro, da qual nem queremos lembrar do fato, normalmente, ficamos agitados, reclamamos e achamos os culpados de tudo, do crime, da inflação, da segurança pública e tudo mais.
Todavia, é preciso lembrar, aquele massacre foi um fato isolado, no sentido de ter sido cometido por um psicopata ou outro tipo de maluco, mais ou menos aprecido com o assassino das irmãs de Cunha, interior de São Paulo.
Não se trata de achar culpados, erramos nisso, temos que evitar que isso aconteça e não há outro caminho senão a Educação, e só não sabe disso, quem não a tem., ou quem não qeur que a tenhamos, porque povo educado, não é idiota, como temos sido.
Aceitamos tudo como se fosse normal, violência, corrupção, alta nos preços (veja combustíveis, energia, impostos em geral) e, como sempre, calados, pelo menos calados para quem deveríamos reclamar. Só reclamamos com a esposa, com os filhos, com quem podemos jogar as frustrações em cima.
Temos muitos problemas que nos afligem diuturnamente e continuamos aceitando o fato de não serem amenizados, ao menos, que é obrigação do Estado representado por nossos representantes, sejam eleitos, sejam funcionários públicos contratados para isso. Nós mesmos os deixamos serem omissos, irresponsáveis e inconsequentes, salvo algumas exceções, muito raras.
O pior é que temos leis feitas para um país fictício (Pindorama talvez, aquele país fictício imaginado por Éio Gaspari, colunista famoso de um jornal de grande circulação nacional), um país que não existe. Não atendem as realidades que vivemos, particularmente na área de segurança, na área social, educação, saúde, tudo aquilo que é básico, fundamental para a construção da sociedade. Sem isso, bem feito, não há necessidade de existir um Estado, sendo melhor, cada um cuidar de seu espaço e lutar por ele como puder.
Ou o Estado, que somos nós mesmos, representados, atua com competência, ou não precisamos que ele exista. Não falo em ausência de democracia, porque ela é inerente e necessária a um Estado eficiente, mas da organização estatal mesmo, com fronteiras, com uma Constituição e um regime político. De que adianta existir e não cumprir o seu papel, é um engana bobo sem fim? Exagero? Pode ser, mas pergunte aos pais daquelas crianças do Rio se eles acreditam no Estado brasileiro? Perguntem a milhares de pessoas vítimas de latrocínio e estupro, roubo de seu patrimônio, vítimas de suborno, pergunte a eles, e são muitos, se acreditam no Estado brasileiro.
Tem solução? Claro que tem, e ela está em nós mesmos. Passa pela organização da sociedade, mas com a participação de todos nós desde os partidos políticos, hoje entregues aos “bandidos’ que nos votamos, mesmo porque nos sobram poucas opções e isso só muda com nossa participação dentro dos partidos, tomando o lugar desses oportunistas mal intencionados, ressalvados as poucas exceções, repito para não se dizer que ofendemos ou atacamos genericamente.
Não nos enganemos, ninguém trabalha gratuitamente para os outros, o ultimo voluntário desse mundo chamava-se Jesus Cristo e viram no que deu. Alguns ainda o imitam, eu sei, poucos bons samaritanos, mas nenhum na política. Quem entra no mundo da política até hoje, , não é para servir apenas, mas para se servir também, nem que for de vaidade. As exceções, raras geralmente, não levam nada, e por nossa culpa, porque não estamos lá dentro dos diretórios para permitir que elas trabalhem.
Façamos nossa parte, vamos participar, porque o Estado somos nós mesmos. Nós somos a administração pública, nós somos as leis, nós somos o que quisermos ser. Façamos a revolução que falta, a revolução inteligente, sem armas, a revolução que não fará tortura, mas que fará com que muito menos vítimas, como aquelas crianças, deixem de fazer parte de estatísticas apenas.
Vamos fazer do Brasil um país sério e não uma Pindorama, onde tudo é fantasia, até mesmo a vida.

Marco Antonio Piva de Lima

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

COMO VOCE QUER SER TRATADO?

Como você quer ser tratado?
Como pessoa, por inteiro? Ou fracionado como negro, branco, estudante, trabalhador, consumidor, mulher, homossexual, emo, cristão, etc.?
É uma questão de opção ou de desinformação, de falta de educação e amplitude de pensamento?
A nossa lei maior, procura fazer com que sejamos vistos como cidadãos, indivíduos que vivem em sociedade, e por outro lado também, privilegia grupos.
A tendência hoje, nos parece, é procurarmos grupos, guetos, covis, não a sociedade para nos ambientarmos.
Temos a tradição dos migrantes, que buscam entre seus patrícios o conforto da distancia de sua terra, mantendo seus usos e costumes e também as questões regionalistas, bairristas e familiares que nos impele a procurarmos mais nossos “pequenos mundos”
Um grande erro, a meu ver, nos dias de hoje, quando justamente deveríamos buscar a integração social, esquecendo-nos dos detalhes que nos aproximam de poucos. Isso é que provoca as discriminações e o esquecimento de que somos parte de um todo maior, de uma sociedade complexa e não uma sociedade pequena, restrita a paredes, muros, limites geográficos ou linguísticos como os sotaques. Isso nos faz esquecer o pan e nos apegarmos ao microcosmo da célula social que é o grupo mínimo, que nem sempre mais é a família, muitas vezes, ela foi substituída por uma tribo.
Com isso, perdemos a consciência política, passamos a entender que política é apenas o que fazem por nós (meu grupo), por mim, e não pela sociedade. Política não é construir estradas, hospitais e escolas mais, e sim asfaltar a minha rua, me dar um emprego, facilitar o meu ingresso na faculdade, ou seja, o etnocentrismo, está imperando na sociedade a todo vapor.
Para fazer valer nossos direitos sociais, precisaremos entender que devemos primeiramente reivindicar nossos direitos globais, aquilo que beneficia a sociedade geral, como a educação de qualidade, a saúde, a infraestrutura necessária para o desenvolvimento da economia e, consequentemente, a geração de empregos.
A segurança pública, que na verdade nunca existiu, a não ser por meros atendimentos de correção, nunca foi preventiva, seja por falta de efetivos, de verbas, de boa vontade dos administradores, levando-nos a mortes estúpidas, no trânsito, por exemplo, ou por latrocínio, especialmente por sujeitos que já passaram várias vezes pela prisão e se escolaram com jubilo nela.
Assistimos a isso tudo reclamando dentro de casa, com os amigos, com a tribo, mas nunca reagimos socialmente como cidadãos, em que pese termos tido ótimos exemplos de reação popular a esses problemas em diversas partes do mundo, e não falo em brigas, quebra-quebra,e tc, me refiro a legítimas reações pacíficas, contra um estado de desgoverno, de má conduta pública de nossos representantes, principalmente no tocante à corrupção que assistimos passivamente, como se fosse algo “normal”. Não, não é, nós é que estamos deformando nosso caráter e aceitando os vícios morais como se fossem fatos sociais corriqueiros.
Devemos valorizar mais o conjunto, a sociedade em primeiro lugar, a nação, a Pátria, depois nosso grupo, que faz parte daquela sociedade. Pensemos nisso e vamos participar da construção dessa construção social. Antes de sermos identificados como branco, negro, hetero, homem ou mulher, sejamos cidadãos.

Marco Antonio Piva de Lima

domingo, 12 de setembro de 2010

30 ANOS DE MAÇONARIA

Em 29 de junho próximo passado, logrei completear 30 anos de Iniciação maçônica, o que se deu em 29 de junho de 1980 na cidade de Casa Branca-SP,na ARLS Humanidade e Progresso, do Oriente de Tambaú-SP, do GOSP, hoje nº 280 da Grande Loja Maçônica de São Paulo, que trabalha no REAA.
Infelizmente, apesar das facilidades eletrônicas, nunca mais, desde que me desliguei da Loja mãe, consegui contato com irmãos daquela Loja. Lamento isso porque gostaria de reencontrá-los e apesar de visitar a cidade de Tambaú de vez em quando, não consegui mais contato com nenhum irmão de lá.
Mas o texto é para escrever sobre as alegrias e frustrações de tantos anos de ordem, apesar de não me considerar velho, tenho 52 anos, nesse ano de 2010 da V.´. L.´..
Fui iniciado com apenas 22 anos e podem crer aqueles que foram responsáveis por essa permissão, Osvaldo Calendi, Arthur Paulo Tempesta, Benito Barbon, José Luis Bovo, o Zé da Farmácia, e outros, que não decepcionei, pelo menos.
Nesses 30 anos, consegui alguma coisa. Fui fundador (diretamente) de 3 Lojas, a Livres Pensadores, 2304, REAA, em SP, capital, a ARLS Arquitetos do Progresso, 2434, do rito Moderno, também na capital paulista e ha 5 anos, da ARLS Fraternidade Acadêmica Ciência e Artes, 3685, do rito Moderno também, aqui em Jaraguá do Sul, SC, onde acabei vindo residir, por circunstancias da vida. Toodas essas Lojas fundadas no GOB.
Fui Venerável por 5 vezes em mandatos de 2 anos, completando 10 anos de veneralato, fui deputado estadual em SP pela Loja Livres Pensadores, Delegado do Grão-mestre Romeu Bonini. Nos graus superiores, cheguei ao grau 8 (Cavaleiro da Águia Branca e Preta)do Rito Francês Moderno (Cavaleiro da Águia Branca e Preta, equivalente ao 30 do REAA, ou Cavaleiro kadosh)e ja é muito. Digo isso sem receio porque, para mim,maçonaria, e aprendi nesses anos, se faz no simbolismo. Altos graus são desnecessários, quando muito até o grau 7 do rito Moderno ou 18 dos demais ritos. Mas cada um tem a sua opinião e fique com ela. Quem quiser, que diga que são importante em seus blogs, rsss.
Maçonaria se faz nas Lojas simbólicas, nos graus 1 ao 3 apenas.

Aprendi muita coisa e realmente a maçonaria tem siido boa em minha vida, mas é importane frisar: depende de cada um ela ser boa ou não. Depende do interesse, do estudo, da participação e principalmente do compromisso empregado e levado a sério. Não pelos eventos sociais e títulos ou medalhas, isso é vaidade e papo furado e infelizmente permeia a Instituição, mas o grande laboratório que é para se exercitar as virtudes e combater os vícios morais, é que é impressionante.
É uma fábrica de emoções a convivência entre iguais ou pelo menos, pessoas da mesma sintonia intelectual, principalmente na nossa Loja atual. Uma Loja de acadêmicos, professores, profissionais liberias, todos de nível superior, pós-graduaos ou mestres em suas profissões, estudantes universitários (incluindo eu que voltei às cadeiras universitárias), enfim, uma "escola de vida" excepcional.

Valeu a pena até aqui. Pelos irmãos que conheci, com quem convivi, pelos serviços que prestei e pelos serviços que me foram prestados, pela ajuda que recebi de vários deles e não esqueço nenhum, apoio de toda espécie, ombros amigos, fraternos.
A ingratidão é um vício que não carrego, mesmo à distancia, saibam todos aqueles que cruzaram meu caminho, nunca haverá esquecimento. Não dá para voltar ao passado, mas olho sempre para trás sem parar de andar para frente.. olhando os erros do passado, tentamos acertar o caminho do futuro, ja disse alguém certa vez, em certo lugar, em determinado tempo.. rsss

O presente tem recompensado muito bem o trabalho dedicado à Instituição.

Ontem, nossa Loja que se reúne mensalmente, o que é raro no Brasil, tinha 96% de presenças no grau 1, com 28 presentes, incluindo ai 4 visitantes. temos apenas 4 anos de funcinamento a partir da primeira Iniciação e nossos membros, são de perfil determinado, não é uma Loja que sai "laçando" candidatos por aí, mas escolhe dentro de determinado perfil (acadêmico) e com um minimo de intelectualidade, para manter um bom nível de debates. Claro que não ha nenhum preconceito e impedimento de qualquer tipo de pessoa, nem pdoeria, mas preferimos escolher entre pessoas ligadas à academia. É o perfil da Loja. Nossas reuniões, como dizia de ontem, são um raro momento de aprendizagem e troca de saberes.
A qualidade dos trabalhos, com formatação acadêmica, respeitando até as normas ABNT, tem nos enchido de orgulho mesmo, devido à qualidade e deveriam, e talvez ainda aconteça, serem publicados ao publico em geral, ou pelo menos para maçons.
Isso é resultado de um trabalho persistente de incentivo e cobrança no sentido da qualdiade. Usamos nosso pouco tempo em Loja para apresetnar trabalhos e discuti-los, dar instruções, debater temas do momento, e praticar a fraternidade.
Nosso rito é humanista (o ser humano valorizado acima de qualquer teoria ou crença, pois ele é de fato, existe e somos nós que construímos a nossa vida), inspirado também no ILUMINISMO (movimento que pregava o esclarecimento do homem que vivia nas trevas da ignorância, como único meio de sair dela), adogmático, ou seja, não aceita uma Verdade Revelada, mas respeita a todas as crenças e idéias, opiniões e tendencias, desde que sejam democráticas e promovam a liberdade, a igualdade e a fraterndiade.
Cada um é livre para ter sua religião, sua fé, seu aprtido político, suas opiniões filosóficas, e temos que respeitar.
Um homem esclarecido, não muda de opinião proque outro o convence, mas só quando ele mesmo se convence de que precisa mudar a sua opiniãoa respeito de algo, então, quem somos nós para mudarmos ou determinados qualquer crença a um homem esclarecido?

Bom, com tudo isso, num rápido balanço desses 30 anos, continuo aprendendo também, claro, mas tenho obrigação de sar exemplos, de passar algo bom, mais do que qualquer outro irmão mais jovem do que eu na Instituição. Me desculpem os que viram amis defeitos do que virtudes em mim, e asism nenhuma Luz conseguiram extrair. Estoiu tentando me domar a cada dia para ser mais competente. Sem pieguice, às vezes,c aimos nar azão e notamos que precisamos nos primorar.

Nesses 30 anos, sempre subi ou me mantive com ajuda de irmãos. No moento, não é diferente.
Agradeço a cada um dos que convivem comigo, da nossa Loja e das demais Lojas de Jaraguá do Sul, de Joinville, Brusque, Florianópolis, Itajaí e outras que colaboraram comigo nessa história.
Esse espaço foi utilizado para agradecere àqueles que me suportaram e suportam até hoje, e conseguiram de um jeito ou de outro, me fazer chegar a essa marca.

Depois volto para escrever algo útil.

tfa

marco

domingo, 10 de janeiro de 2010

CALENDÁRIO 2010 - F. A. C. A.

A ARLS Fraternidade Acadêmica Ciência e Artes,, 3685, reune-se nos primeiros sábados do mês ou conforme calendário, no sábado posterior, em Joinville, às 14,30, na Rua Monsenhor Gercino, 3154, bairro Itaum.

nesse ano de 2010, suas reuniões ritualísticas acontecerão nos dias:
-- 03 de outubro
- 06 de novembro
- 04 de dezembro
-

RAZÃO, RELIGIÃO E EDUCAÇÃO

Voltando ao tema da Razão, hoje, após ler um artigo de Antonio Cícero, na Folha de São Paulo, que trata da ignorãncia, ou mais precisamente da superstição dogmatizada pelas religiões, em particular as ocidentais, refleti sobre o tema e cada vez mais vejo claramente a necessidade da Educação e esclarecimento científico, prematuro até, do ser humano, para que possamos sair desse "atraso" permanente imposto por religiões e forças políticas que jogam por seus interesses, ou de poucos. Essa é a história da humanidade, sabemos, e o que me deixa indignado é a nossa pouca capacidade de sairmos dessa situação, ao contrário, estamos deixando, apesar dos avanços tecnológicos e científicos por um lado, a ignorãncia avançar mais e mais. Aumenta a capacidade de consumo, o volume de informações, mas a capacidade de digerir e assimilar essas informações, transformá-las em sabedoria, está ficando cada vez mais difícil, mesmo com boa formação escolar, com o aumento do número de títulos dos poucos que atingem seus objetivos acadêmicos, cada vez menos culto sai o cidadão das universidades, antes centros de formação de cultura, hoje, fábricas de diplomas.
Mais do que nunca o homem tem medo. Medo do desconhecido, medo das religiões, medo do castigo (revanche) de Deus, tanto que atua em várias ao mesmo tempo, casa-se em uma, batiza seus filhos em outra, colabora financeiramente em uma outra e não aprende ou cumpre o básico de nenhuma delas, sua filosofia, seus fundamentos, seja cristã ou qualquer outra, com excessão dos fundamentalistas ou fanáticos, tão perigosos à sociedade. Tão danosos são os quanto dizem ter uma religião, mas não a frequentam. São omissos e relaxados com um tremendo sentimento de culpa por não terem coragem de afirmar que na verdade não cr~eem em nada ou só se apegam nas horas de extremo desespero.
Para piorar ainda temos as "novas ciências" e outras arapucas, como a astrologia barata, por exemplo, que levam o ser humano menos dotado de Razão, a crer que deva jogar em determinado número ou se vestir de azul ou amarelo para ganhar dinheiro ou ter paz. Vemos essas crendices todos os dias e em volume maior em festas ditas religiosas, mas que são tão profanas quanto as festas de Sodoma, como o reveillon, o carnaval, etc. Na passagem de ano, veste-se branco, calcinha de cor X ou Y, e mesmo sabendo que nada tem de racional, come-se lentilha, bebe-se espumantes, e festeja-se sem se lembrar mesmo do porque, na crença da boa sorte.
Nessa base da superstição, entra ano, sai ano, as vidas vão passando sem progresso praticamente, progresso moral e intelectual, que dirá espiritual, caso creia-se nisso também.
Parece até agora uma dose forte de implicancia barata, mas não estou criticando a festa em si, seja la qual for o motivo, devemos festejar todos os dias, e agradecer, o fato de estarmos vivos em um mundo tão cruel e raivoso. O que chamo a atenção é apra as crendices que nos propomos a crer, mesmo sabendo que devemos lutar para acabar com elas, com as superstições, que são a mãe da ignorãncia, o fanatismo em forma mais light.
Essa educação tão necessária, deveríamos começar a dar às crianças e no entanto ja as ensinamos a serem bobas e crédulas em contos de fadas, afstando-as da realidade da vida, da racionalidade. Não digo que se deve tratá-las com maldade ou frieza, não exageremos, mas contar que papai Noel é uma lenda, uma fantasia alegre e sadia, é bom sim, da mesma forma que temos que contar que um parente, um pai, mãe ou avó, faleceu. Ou devemos enganá-los até quando, afstando-os da realidade? Nunca mentir, pois a Verdade é a própria Razão, essa deveria ser a primeira lição de todos.
Onde entram as religiões? Justamente no período principal da educação na vida de uma pessoa: na infância. O que se aprende ali fica marcado para sempre, quer queiramos ou não, até mesmo a existência de Papai Noel e ao descobrirmos o engôdo, choramos a vida toda por ele não existir de verdade, desde quando ficamos sabendo. E em relação a Deus, do jeito que nos ensinaram e nos fizeram acreditar? Ninguém nos ensina que Deus é uma crença intima e individual, mas querem nos impingir um Deus barbudo, velho, cruel e vingativo, juiz, um árbitro que tem como olhar todo mundo o tempo todo, mesmo que conte com a ajdua de alguns "dedos-duros" chamados de anjos. ensinam-nos que comer maçã é pecado, mas não falam sobre a sacanagem explícita que encontraremos no mundo real. Querem nos fazer crer na arca de Noé como um fato real e não um simbolismo, assim como em Adão e Eva e temos que acreditar naquilo a vida todoa, mostrando ingenuidade e que somos pecadores desde que nascemos, embora o pecado original não seja nosso mesmo. Rídiculo, mas quase todos se forçam a crer e temos medo de ousar a duvidar. Como sermos corajosos para crer em outras ideias? ja somos castrados no inicio de nossas vidas?
Outros nos descrevem Deus como um simples pai de Jesus Cristo, que antes era um profeta e posteriormente, cerca de 200 anos após sua morte, virou o próprio Deus, e também o Espírito Santo. Pode ser que seja verdade mas e a crença dos judeus, 4.000 anos mais velha? Essa crença é mentirosa? E a dos chineses? Dos africanos? Dos indígenas das Américas? Por que um pequeno povo belicoso seria o eleito para deter toda a verdade enquanto outros povos sofrem por desconhecer a Verdade Revelada?
Sim, eu sei que entro em território movediço. Estou entrando no pensamento e no sentimento do ser humano, em seu ponto fraco, que é o da dúvida e quando o ser humano se sente inseguro, na dúvida, ele tende a fugir. Sim, a fuga é o caminho. A fuga do conhecimento é mais fácil do que pensar e formar sua própria Verdade.
Parto para a conclusão profetizando da minha parte que as religiões continuarão a existir por algum tempo, evidentemente, pois ainda estamos longe do ponto em que todos terão o bom senso em aceitar que cada um possa ter sua crença, em seu (s) Deus (es) e entidades, respeitando a liberdade de pensamento, certos de que independente dessa sua crença, cada um pode ser bom ou mal, rico, pobre, virtuoso ou praticante do vício moral. Os homnes não podem ser avaliados pelo grupo em que atuam, pelas religiões que praticam, pelos partidos políticos que atuam, pelos times que torcem. Só assim seremos livres, sem rótulos, sem estigmas, sem dogmas impostos goela abaixo, com todos tendo a oportunidade de crescermos (igualdade), mediante uma educação competente, que oportunize, desde a infãncia, o conhecimento das artes, das ciências, da filosofia, onde estarão presente todas os pensamentos religiosos ja imaginados e outros a serem criados, da ética, do esporte, enfim, de tudo que prepare o homem para usar sua criatividade, sua inteligência, para seu próprio bem.
Cabe a nós, maçons ou não, homens de bons costumes, livres em espírito e mente, que pensam no bem estar da humanidade, propor a ideia de que deixemos de lado a ignorancia e o fanatismo definitivamente, através da educação das novas gerações, dado que a nossa ja está quase que completamente comprometida com o atraso, mas mesmo dentro dele, alguns têm que possuir um pouco de Luz para enxergar a saída desse túnel escuro que é a boa Educação em todos os planos: Moral, pedagógico e familiar.
O ensino de valores éticos pela família é outro ponto que deve ser restabelecido, não com os mesmos valores de séculos atrás, mas com os bons valores de hoje mesmo, porém a família que tem deixado de ser a mola propulsora da ética e da moral, deve retomar esse papel, sem conservadorismo, mas com sabedoria, com consciência.
Trabalhemos por isso.

tfa

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

NOVO RITUAL GOB 2009

Não vou detalhar comentários a respeito do novo ritual do GOB para o rito Moderno, pois o assunto aqui, se torna público e aberto aos não iniciados, a quem não interessaria de forma alguma, pois trata-se de tema a ser debatido somente a quem o pratica.
Mas deixamos registrado nosso protesto e o lamento pela medida tomada sem consulta, no que entendemos, foi mais uma tentativa de desmoralizar e acabar com os fundamentos desse rito, tão importante para a Instituição Maçônica. O seu fundamento principal é a Liberdade Absoluta de Consciência, o repsieto por todas as crenças, com o que, a maioria dos maçons brasileiros não sabem conviver. São dogmáticos e conservadores, querem transformar a Ordem numa "religião paralela" ao exigir que todos pensem igual e usem a Bíblia como Livro da Lei, o que nos torna exatamente iguais, ou seja, não admitem, como pede a boa Maçonaria, que existam pensamentos diferentes, mesmo que respeitando todas as correntes de pensamento.
Infelizmente só podemos lamentar, visto que não há mobilização ou reação nenhuma ainda por parte de nenhuma autoridade ou liderança do rito. Apenas assistem a essa demonstração de desrespeito às nossas tradições, de braços cruzados. Espero que venha ainda alguma reação do Seminário Nacional que ocorre em Santos nesses dias 24 e 25 de outubro de 2009.
A reação é no sentido de demonstrarmos o erro cometido às autoridades que assim agiram e que possam corrigi-las a tempo, mantendo nosso rito o mais fiel possível ao seu original, o que parece algo difícil ao brasileiro que se destaca em alterar tudo o que pode, mexer nas tradições e usos e costumes, justamente por não termos uma cultura própria a preservar e sim uma miscelânica, onde cada um escolhe o que quer de culturas diferentes. Alguns acham bonito, outros nem tanto. Não há fidelidade e sim promiscuidade com os valores culturais. Misturamos costumes e tradições e ficamos sem nada.
O mesmo está ocorrendo na Maçonaria brasileira, queremos misturar tradições da maçoanria francesa, que se instalou aqui com a maçonaria anglo-americana que fomos buscar para sermos agraciados com um "reconhecimento", inútil para nós na prática.
O que importa somos nós brasileiros em primeiro lugar, depois os de fora, embora tenhamos que reconhecer o caráter universal da Ordem. mas quem está por perto quando necessitamos? Os irmãos brasileiros ou ingleses e americanos ou mesmo franceses?
Agora, temos que preservar os valores da maçoanria francesa e latina (via Portugal), que veio para o Brasil em seu inicio em nossas terras, sua tradição conquistadora, questionadora e progressista e não conservadora e religiosa da maçoanria anglo-americana. Não é da nossa cultura sermos como eles e estão forçando a natureza e nada conseguindo com isso.
Se somos Livres Pensadores, temos que ter essa liberdade de trabalho, de praticar nossos ritos, sem opressão, sem interferência. Potências são órgãos adminsitrativos e não a Sé romana. Maçons Livres em Loja Livres, essa é a receita do sucesso da Maçoanria, desde que se respeite os fundamnetos e tradições.
Precisamos manter o principio de liberdade para trabalharmos com sucesso, ou trasnformaremos nossa maçoanria numa sociedade de pequenos auxilios, esmolas, mesmo porque somos pobres ao contrário de ingleses e americanos.
O que importa mesmo, que é a produção de Homens Retos, ou seja, construtores sociais, nosso objetivo central, é que fica prejudicado pela intolerancia, pelo dogmatismo explícito, quase um fanatismo, imposto empiricamente desde potencias estrangeiras que não nos diz respeito, vícios contra o qual a Maçoanria deve lutar incessantemente, pela falta de conehcimento muits vezes e o desrespeito de alguns poucos.
Confiamos no futuro, na geração que esta chegando nos dias de hoje à Maçonaria, esperando que salvem com sua inteligencia dessa paralisia que sofremos atualmente.

Marco Piva
outubro 2009